segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Fim de semana criativo




Olá amigos, andei meio distante do blog e do estudio. Porém neste fim de semana rolou uma grande energia e criatividade em um trabalho que iniciamos.
Desde flautas antara e flauta doce até bombo legueiro, cascos e copos.
Futuramente postarei algum dos sons que foram criados.
O Antônio Brandão "Queco" na antara, o Telmo Torres no violão e o Marco Moraes "Marquito" no bumbo legueiro.
Claro que as posições de microfone e intrumentos das fotos não foram as reais na hora da gravação. Isso é apenas um registro das pessoas que passam por aqui, sobretudo um registro dos amigos.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Uma voz jovem cantando os anos 70


Caio Oliveira cantando um som que gosta muito, Sangue Latino dos Secos e Molhados.



quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Mostrando o cara


como não tivemos tempo de tirar uma foto do Zé Carlos, o "Kakayo", imporvisando o blues no violão, ele me enviou uma foto com o instrumento que realmente tem intimidade.
a foto não é no Som Natural, porém é de um amigo erradicado em Porto Alegre, que faziam uns tantos anos que eu não via, e nos poucos minutos que estivemos juntos, pudemos trocar umas ideias muito proveitosas e ainda fazer um som.
Esse é o objetivo deste homestudio, fazer som e amigos, sem forçar, ao natural.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Um som de blues

No dia 04 de outubro esteve visitando o Som Natural por uns poucos minutos, músico tocador de blues, com muita intimidade nos trabalhos de audio e video, o jornalista Zé Carlos de Andrade "cacaio".
O guri estava com muita pressa, porém praticamente o obriguei a deixar um som gravado para o blog. Nem foto deu tempo de tirar.
Como o objetivo do homestudio é trazer um som natural, aí vai um muito natural.



quarta-feira, 1 de outubro de 2008

E dê-lhe leguero



Ontem, o Mauro fez uma trilha de bombo leguero para enviar para outro estudio.
O rapaz é bom na zamba.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Improvisando

No dia 09 de setembro de 2008
Jorge Bomfim, esse grande acordionista, improvisando uma melodia, enquanto regulávamos os botões para gravar.



segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Tudo inicia pela raiz

É muito dificil manter um blog atualizado, o tempo é muito precioso, e sempre estamos atrazados.
Mas não gostaria de deixar este blog "atirado as traças", por isso volto para falar de um assunto pertinente ao objetivo do blog.
A minha cidade reconquistou algo muito importante, um festival raíz, e estamos próximos a sua 4ª edição. Nos anos 80 tivemos um festival que alcançou proporções estaduais, onde nomes como Luiz Marenco e Erlon Pericles, que estavam iniciando suas carreiras, concorreram nesse festival chamado Gaitaço missioneiro.
Hoje Santo Antônio das Missões, possui a Invernada Missioneira (festival raiz), a sentença "festival raiz" faz parte do nome, como um membro que não pode ser amputado, pois colocaria todo o corpo em risco. Esse festival que em outubro dia 09 estará completando seu 3º aniversário e sua 4ª edição, que é diferente do Gaitaço, por ter estabilidade, e ter se tornado um festival internacional, tras a maior de todas as diferenças, possui uma fase local. Isso encoraja nossos compositores, interpretes e instrumentistas a mostrarem seus trabalhos em um palco de grandes nomes da música terrunha.
O som natural deu um passo importante ao gravar a música Caá yari, que irá participar na fase local do festival, mesmo que não classifique e não participe do cd da invernada, fico feliz por conseguir já registrar um trabalho no homestudio. Algo que consegui com a inestimável ajuda do amigo Felipe Nascimento, com dicas de gravação e com a mixagem e masterização feitas por ele.
É assim que tudo inicia, pelo alicerce, pela raiz.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Um Missioneiro

Domingo, 24/08/08, gravou um spot para campanha eleitoral neste modesto homestudio o missioneiro, da Bossoroca, ex-governador e ex-ministro Olivio Dutra.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

A mix mexe com meus ouvidos

Mixagem, ou simplesmente mix, é algo assustador. Ou pior que isso, pode ser a derrocada de um trabalho musical. Bons tempos quando eu lia no verso dos meus discos preferidos "técnico de mixagem fulando de tal", e não precisava me importar com isso. O que importava era a boa música que estava ouvindo, os instrumentos nítidos, a voz bem colocada, um sonzinho diferente na caixa da direita, que ficava tentando descobrir o que era. A virada de bateria passando de um lado para outro.
"Felizmente" descobri que tudo isso se devia ao tal fulano da mixagem, e se tornou meu maior desafio. Sala com tratamento acústico, o dinheiro compra. Equipos top de linha, o dinheiro compra.
Criatividade, conhecimento e ouvido...
Não dá pra comprar, isso é puramente trabalho, ralação, trabalho, dom, trabalho, café, trabalho, mandar tudo pra p..., trabalho, se acalmar, trabalho, ouvir de novo, trabalho, talvez refazer, trabalho, trabalho...
Mas um dia, quem sabe chegarei perto de um avôhai...força verde...?
se meu ouvidos aguentarem tantas frequencias e tanto trabalho, trabalho...

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Boa música ou música boa?

Hoje em dia é relativamente fácil, gravar muito bem de forma independente. Isso faz com que tenhamos toneladas de músicas boas, isto é, bem produzidas e bem gravadas.
E a boa música?
Essa é realmente a música importante. Não entraremos na polêmica de gostos musicais, mas na honestidade da obra. O Brasil é extremamente rico, em rítmos, expressões e intrumentos. E ultimamente dá prioridade a música boa e não a boa música.
Os compositores e músicos caíram num torpor comercial maluco, não se tem motivação para inovações (com excessões é claro).
As letras perderam a integridade, as músicas devem atingir o povão. A grande questão reside aí:
- O que o povo gostaria de ouvir?
Será que o povo ouve essas músicas por que a midia empurra, ou a mídia oferece o que o povo quer?
Na minha opinião, fico com a primeira. O povo brasileiro na sua diversidade cultural tem muito bom gosto. Porém ficou preguiçoso com o passar das décadas e decidiu não pensar mais.
Porque uma boa música, com bons arranjos e boa letra faz você pensar, faz com que você "cresca por dentro", você pode ouvir um disco por décadas e sempre descobrir algo novo nele.
Mas o frenesi do capital não permite isso, ele quer que sejamos consumidores desenfreados, então ritmos e refrões pegajosos são a melhor saída. Você compra aquele disco, ouve por alguns meses (se aguentar tanto) e já pode mudar de opinião e de gosto, para consumir novamente.
Para fazer boa música é necessário ouvir boa música, e ela está na música folclórica, regional, pop, rock, samba, instrumental... Basta querer ouvir, assimilar essas raízes e produzir algo novo bem alicerçado numa base duradoura.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

O Fim do cd e outra abobrinhas

O CD estará próximo do fim?

Provavelmente sim. Aquela forma romântica de ouvir o vinil olhando a enorme capa e lendo o enorme encarte foi esquecido, como esquecemos o quanto era difícel e caro termos acesso à música "comprada". Chegou o compact disc e desbancou totalmente o long play, mas continuou um certo romantismo em abrir a caixa do cd e desenrolar a suas seis dobras de encarte ou folhear o livreto com suas microletras e fotos.
Navegando nas douradas ondas flamejantes de lasers chegaram as embarcações com suas bandeiras negras e caveirosas entupidas de piratas de um ouvido só.
O cd lacrado com a foto do encarte era quase perfeita, o encarte em si não existia mais, porém a música era a mesmissima do cd original, valendo uns 30% dele. Com o passar do tempo o capitão gancho assumindo negócios da china e libertou os descamisados da privação da "boa" música e o cd passou a valer menos de 10% do original.
E a capa? que capa, que nada, um saquinho plástico resolve...
Depois veio a internet, a mula, o torrent e o cd passou a ter os dias contados e desencantados.
O custo para o artista produzir sua música em pequenos estúdios caiu a valores ridículos em comparação com o "semvergonhopólio" das grandes gravadoras. ( e se diz a boca pequena que o técnico do estúdio sendo competente faz um disco tão bom quanto o da gravadora)
Pois é, nesse emaranhado de palavras e idéias chegamos à uma conclusão aliviadora: A música é a grande vencedora nos tempos de homestudios, de homerádios, pois ela democratizou-se.
A porcaria que é produzida todos os dias nesses estúdios é absurda, mas nós é que devemos fazer a escolha. A parte mais contaminada do corpo humano (a boca) produz uma das coisas mais bonitas, poéticas e excitantes que se pode sentir (o beijo).
E os idiotas que pensam que podem fazer qualquer música, porque é barato e acessível, e os imbecis que querem construir um homestudio achando que têm em mãos um ESTÚDIO PROFISSIONAL podendo ganhar dinheiro com isso, que se danem.
Homestudio (apesar de ter um nome masculino) é como uma amante muito gostosa.
Todo dia está pedindo dinheiro, para comprar bugigangas novas.
Quer sua atenção dia e noite.
Exige que você deixe sua família em segundo plano.
Não te trás lucro nenhum.
Mas te dá muito prazer.
Com o fim do cd, teremos que repensar como produzir nossa música?

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Um achado importante

Na minha garimpagem matutina pela rede, às vezes encontro algumas pepitas em meio ao cascalho inútil. Peço um pouco de paciência para lerem a matéria desse link http://www.samba-choro.com.br/debates/1034059887, pois vale à pena para nós que nos interessamos por cultura.
Eu felizmente tenho o Lp Alma, Garra e melodia (Noel Guarany ) produzido por Marcus Pereira. Essa gravadora foi a prova que podemos realizar nossos sonhos. Com determinação, coragem e lealdade aos nossos ideais.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Estilos, rótulos e padrões

Arte?... Qual a definição para ela?
A música não deveria ter rótulos e padrões, e poucos artistas fazem com que ela não tenha, porém a maioria se dobra ao mercado. E a arte perde essa luta para o capital.
Como é boa a surpresa de ouvir instrumentos exóticos para aquele tipo de musica, ou ritmo fora do "padrão" para aquele tipo de disco.
Quem diz que não pode ter violino na música missioneira, uma milonga com um violino ao fundo.
um bandoneon no heavy metal, guitarras melódicas, e um bandoneon com a agressividade do tango.
Vamos ter coragem para experimentar, vamos usar nossos home studios para dar um basta nos "enlatados" cheios de "conservantes" que nos empurram ouvidos a dentro. Estamos frente a uma grande revolução, com um pouco de esforço, ou melhor dizendo com muito esforço, podemos produzir nossa arte em casa. Porque vamos seguir o padrão que tanto nos incomoda?
Não vamos nos iludir, montar um estudio caseiro não é para ganhar dinheiro, é para produzir, pesquisar e experimentar, quem almeja isso deve construir seu estudio comercial de 300.000.
Quem sabe um dia chegaremos com algo muito novo(antigo) e deixaremos de lado essa música sem timbres, comprimida e num volume tudo igual.
Nessa grande rede de malucos, deve ter alguém que queira algo mais do que o tal cd padrão de mercado.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Por não ter o que dizer

Muito difícil iniciar algo quando se está com a vida definida em uma direção, renovar conhecimentos, buscar alternativas, estudar possibilidades.
Nunca deveríamos perder a vontade de aprender, nunca deveríamos nos acomodar em um estado de torpor de sofá e televisão.
Somos seres dominados, e aquilo que nos domina, nos engana dizendo que sabemos o suficiente, que já fizemos o suficiente, que somos autosuficientes, ele é o medo.
A criança aprende tudo ao mesmo tempo, em tão pouco tempo, porque não tem medo do fracasso, do ridículo ou de ter que recomeçar.
Felizmente alguns, recomeçaram centenas até milhares de vezes, para termos luz elétrica, informática, internet...
... e os melhores discos já gravados no mundo.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Som Natural produzindo seu som

O compositor e multi instrumentista Mauro Dias fazendo experimentos no Som Natural



quarta-feira, 18 de junho de 2008

Um espaço

Som Natural é um estudio caseiro (literalmente), com uma técnica de 2,80x3,00m e uma sala de gravação de 3,50x3,00m, pé direito de 2,40m.
Estamos buscando uma sonoridade natural para esta sala(difícel de conseguir). Nem morta, nem viva demais. Os principais intrumentos a serem gravados nela serão: violões, acordeons e vozes.
Sobre equipo, não é necessário falar ainda, pois este blog tem como objetivo falar de um espaço destinado à arte. Aos sentimentos, as sensações que um lugar simples e pequeno pode dar ao ser humano que traz música na alma, e faz música com alma.
Mas o equipamento apesar de modesto, foi muito bem escolhido, para atender às necessidades do objetivo que o Som Natural se propõe.
É um espaço para os amigos criarem. Viverem sua arte e sua música, alcançar o sonho de simplemente registrar um dom, que nunca deve ser apagado na correria do dia-a-dia.
É um espaço de aprendizado, de busca pelos melhores sentimentos, de fé na idéia de realizar algo construtivo e útil para o bem.
"Nunca vou cantar para o mal, meus versos são para o bem" (Noel Guarany).

segunda-feira, 16 de junho de 2008

O som natural

Com o passar dos anos descobri algo simples, porém importante para um músico:
Não somos nós que escolhemos a música, ela nos escolhe. E nunca mais nos deixa. Às vezes brigamos, como em qualquer relacionamento.
Às vezes a odiamos, quando não conseguimos a nota perfeita, dentro de uma harmonia, quando não conseguimos a composição linda, que pareceia estar pronta em nossa cabeça.
Às vezes ela nos odeia, por não entendermos o que quis nos dizer, por nossa estupidez de transformar algo lindo em baboseiras para vender cds.
Tentei deixá-la, ficar apenas com minha esposa, e o máximo que consegui foi um tempo, um momento distante dela. E de agora em diante vamos retomar a convivência a três.

Som natural, é o cantinho que construí para ela, na minha casa e no meu coração, ali viveremos nossos melhores momentos. Nos amaremos loucamente, e com certeza brigaremos muito. Terei que convencê-la a dar me muitos filhos, concebidos durante dias e noites de trabalho.

Este outro espaço, na rede, poderá servir para troca de idéias e experiências entre aqueles que tem a música como companheira diariamente, ou como eu que desavergonhadamente a tem como amante.
Os que tiveram coragem de construir ou adaptar um quarto para ama-la, bem debaixo do nariz de suas esposas, esposos, namoradas, namorados, pais, filhos e afins... e descaradamente o chamaram de homestudio.