segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Um Missioneiro

Domingo, 24/08/08, gravou um spot para campanha eleitoral neste modesto homestudio o missioneiro, da Bossoroca, ex-governador e ex-ministro Olivio Dutra.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

A mix mexe com meus ouvidos

Mixagem, ou simplesmente mix, é algo assustador. Ou pior que isso, pode ser a derrocada de um trabalho musical. Bons tempos quando eu lia no verso dos meus discos preferidos "técnico de mixagem fulando de tal", e não precisava me importar com isso. O que importava era a boa música que estava ouvindo, os instrumentos nítidos, a voz bem colocada, um sonzinho diferente na caixa da direita, que ficava tentando descobrir o que era. A virada de bateria passando de um lado para outro.
"Felizmente" descobri que tudo isso se devia ao tal fulano da mixagem, e se tornou meu maior desafio. Sala com tratamento acústico, o dinheiro compra. Equipos top de linha, o dinheiro compra.
Criatividade, conhecimento e ouvido...
Não dá pra comprar, isso é puramente trabalho, ralação, trabalho, dom, trabalho, café, trabalho, mandar tudo pra p..., trabalho, se acalmar, trabalho, ouvir de novo, trabalho, talvez refazer, trabalho, trabalho...
Mas um dia, quem sabe chegarei perto de um avôhai...força verde...?
se meu ouvidos aguentarem tantas frequencias e tanto trabalho, trabalho...

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Boa música ou música boa?

Hoje em dia é relativamente fácil, gravar muito bem de forma independente. Isso faz com que tenhamos toneladas de músicas boas, isto é, bem produzidas e bem gravadas.
E a boa música?
Essa é realmente a música importante. Não entraremos na polêmica de gostos musicais, mas na honestidade da obra. O Brasil é extremamente rico, em rítmos, expressões e intrumentos. E ultimamente dá prioridade a música boa e não a boa música.
Os compositores e músicos caíram num torpor comercial maluco, não se tem motivação para inovações (com excessões é claro).
As letras perderam a integridade, as músicas devem atingir o povão. A grande questão reside aí:
- O que o povo gostaria de ouvir?
Será que o povo ouve essas músicas por que a midia empurra, ou a mídia oferece o que o povo quer?
Na minha opinião, fico com a primeira. O povo brasileiro na sua diversidade cultural tem muito bom gosto. Porém ficou preguiçoso com o passar das décadas e decidiu não pensar mais.
Porque uma boa música, com bons arranjos e boa letra faz você pensar, faz com que você "cresca por dentro", você pode ouvir um disco por décadas e sempre descobrir algo novo nele.
Mas o frenesi do capital não permite isso, ele quer que sejamos consumidores desenfreados, então ritmos e refrões pegajosos são a melhor saída. Você compra aquele disco, ouve por alguns meses (se aguentar tanto) e já pode mudar de opinião e de gosto, para consumir novamente.
Para fazer boa música é necessário ouvir boa música, e ela está na música folclórica, regional, pop, rock, samba, instrumental... Basta querer ouvir, assimilar essas raízes e produzir algo novo bem alicerçado numa base duradoura.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

O Fim do cd e outra abobrinhas

O CD estará próximo do fim?

Provavelmente sim. Aquela forma romântica de ouvir o vinil olhando a enorme capa e lendo o enorme encarte foi esquecido, como esquecemos o quanto era difícel e caro termos acesso à música "comprada". Chegou o compact disc e desbancou totalmente o long play, mas continuou um certo romantismo em abrir a caixa do cd e desenrolar a suas seis dobras de encarte ou folhear o livreto com suas microletras e fotos.
Navegando nas douradas ondas flamejantes de lasers chegaram as embarcações com suas bandeiras negras e caveirosas entupidas de piratas de um ouvido só.
O cd lacrado com a foto do encarte era quase perfeita, o encarte em si não existia mais, porém a música era a mesmissima do cd original, valendo uns 30% dele. Com o passar do tempo o capitão gancho assumindo negócios da china e libertou os descamisados da privação da "boa" música e o cd passou a valer menos de 10% do original.
E a capa? que capa, que nada, um saquinho plástico resolve...
Depois veio a internet, a mula, o torrent e o cd passou a ter os dias contados e desencantados.
O custo para o artista produzir sua música em pequenos estúdios caiu a valores ridículos em comparação com o "semvergonhopólio" das grandes gravadoras. ( e se diz a boca pequena que o técnico do estúdio sendo competente faz um disco tão bom quanto o da gravadora)
Pois é, nesse emaranhado de palavras e idéias chegamos à uma conclusão aliviadora: A música é a grande vencedora nos tempos de homestudios, de homerádios, pois ela democratizou-se.
A porcaria que é produzida todos os dias nesses estúdios é absurda, mas nós é que devemos fazer a escolha. A parte mais contaminada do corpo humano (a boca) produz uma das coisas mais bonitas, poéticas e excitantes que se pode sentir (o beijo).
E os idiotas que pensam que podem fazer qualquer música, porque é barato e acessível, e os imbecis que querem construir um homestudio achando que têm em mãos um ESTÚDIO PROFISSIONAL podendo ganhar dinheiro com isso, que se danem.
Homestudio (apesar de ter um nome masculino) é como uma amante muito gostosa.
Todo dia está pedindo dinheiro, para comprar bugigangas novas.
Quer sua atenção dia e noite.
Exige que você deixe sua família em segundo plano.
Não te trás lucro nenhum.
Mas te dá muito prazer.
Com o fim do cd, teremos que repensar como produzir nossa música?

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Um achado importante

Na minha garimpagem matutina pela rede, às vezes encontro algumas pepitas em meio ao cascalho inútil. Peço um pouco de paciência para lerem a matéria desse link http://www.samba-choro.com.br/debates/1034059887, pois vale à pena para nós que nos interessamos por cultura.
Eu felizmente tenho o Lp Alma, Garra e melodia (Noel Guarany ) produzido por Marcus Pereira. Essa gravadora foi a prova que podemos realizar nossos sonhos. Com determinação, coragem e lealdade aos nossos ideais.